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Las investigaciones han dado luz al debate sobre el paradigma de la minoridad en la justicia y en el resto de las polí- ticas públicas dirigidas a “menores”, enfoque desde el cual se les consideró individuos inimputables y simples receptáculos de cualquier decisión estatal dirigida a “salvar” a las personas menores de edad del riesgo de cometer o sufrir delitos. Aquellas buenas intenciones, sostenidas por el paradigma tutelar en cada uno de estos países, permitió que de manera sistemática se confinara al encierro y el silencio a niñas, niños y adolescentes (nna) que provenían de familias consideradas “invia- bles” o “incapaces” por los representantes del Estado.

El propósito de este texto es dar cuenta del proceso de construcción del objeto de investigación de mi tesis de doctorado en Antropología y de los aportes que resultan de la reflexión sobre la propia construcción del objeto analítico. La tesis estudia centralmente las formas en que es ejercida la administración judicial en relación a jóvenes acusados de un delito en la ciudad de Buenos Aires, particularmente a través del análisis etnográfico del trabajo cotidiano de la secretaría tutelar de un juzgado penal de menores.Me interesa poner de manifiesto las distintas decisiones que tomé en la elaboración de la investigación, y reflexionar respecto de cómo algunas redefiniciones, que en un primer momento se nos presentan como obstáculos, pueden contribuir a conocer elementos centrales del objeto empírico elegido.

Este libro trata sobre la justicia juvenil en la Argentina con- temporánea y se enfoca en el despliegue institucional -dis- cursivo y práctico- de estrategias no privativas de libertad y que procuran la resolución alternativa de conflictos, espe- cialmente de aquellas inspiradas en la justicia restaurativa, en el marco de las tensiones e innovaciones relativas a la institucionalización de los derechos humanos.

Com textos escritos ao longo das últimas três décadas, este livro de Luís Roberto Cardoso de Oliveira tem como tema a interpretação e a perspectiva antropológicas. O pano de fundo é sempre a questão da compreensão e das condições de fundamentação do conhecimento produzido. Os capítulos articulam-se em torno de três aspectos centrais: qual a importância da dimensão simbólica da vida social e a sua precedência na compreensão do antropólogo; quais as implicações normativas da interpretação antropológica; e como a ampliação do horizonte histórico-cultural do intérprete e de seus leitores tanto viabiliza uma melhor compreensão da vida social quanto permite uma reflexão crítica sobre as condições de existência vigentes.

O livro intitulado Antropologia e Direito: aproximações necessárias, organizado por Monica Gusmão, Vania Fialho e Peter Schröder, é uma boa contribuição para o entendimento do contexto aqui descrito e uma prova irrefutável de que a antropologia tem muito a contribuir no diálogo com o direito, especialmente no cenário atual em que se constroem contra-narrativas aos direitos fundamentais, assegurados na Constituição de 1988. A capacidade analítica e os modos de olhar dos autores e autoras desta coletânea permitiram-lhes adentrar por veredas temáticas instigantes, a partir de diferentes tipos de experiências situadas no campo do direito e da antropologia. Contudo, o mérito do livro e o maior desafio dessa empreitada é não perder o fio da meada: quando a lógica jurídica se exaure em seus próprios limites de entendimento e de aplicabilidade, a antropologia é capaz de ampliar novos horizontes e tornar esse diálogo bem mais desafiador.